Foto: site - comunidadesebrae
Por Nivaldo Bruneau Scrivano Com a melhoria dos transportes internacionais o desejo de conhecer outras terras se tornou viável. Para atender àqueles que, em cidades diferentes daquelas em que residiam seus parentes, necessitavam de orientação para as visitas. Nasceu, então, um conjunto de serviços de Turismo. Dois os básicos: o City Tour e o Sightseeing. Estávamos no pós segunda Guerra Mundial e nem todos os cantos das cidades eram exatamente o que se desejava mostrar aos visitantes. Surgiu, então um conceito básico que norteava a escolha de que lugares seriam mostrados aos Turistas: os lugares mais bonitos da cidade, no City Tour, e os lugares e vistas panorâmicas mais lindas dos arredores, no Sightseeing. E assim seguimos durante mais de trinta anos com os passeios organizados segundo estes conceitos, atendendo às expectativas dos visitantes e fazendo crescer a fama dos destinos turísticos. Qual a tarefa dos Guias de Turismo Receptivo? Descrever a história destes lindos lugares. Não pense o leitor como uma diminuição da importância dos Guias de Turismo Receptivo. Contar estas histórias era tarefa hercúlea, disciplinada e muito bem organizada e realizada por estes profissionais, que encantaram os Turistas por sua erudição quando aos aspectos históricos dos locais visitados. Não podemos esquecer dos 3 S (três ESSES) que passaram a institucionalizar os maiores atrativos e que produziram fama incomparável a uma boa quantidade de destinos turísticos. Ah! O que são estes 3 S? Sex Sun and Sea. E assim destinos se consagraram. E a promoção turística apelava para 3 S, explicita ou subliminarmente, na divulgação junto a seus clientes. Mas... Os tempos mudaram. E com eles a expansão e universalização dos meios de comunicação. Chegamos, então, ao ponto de poder conhecer as belezas das principais cidades do mundo através do Cinema, TV, Internet e sucedâneos. A expansão da comunicação revelou, também, os aspectos menos bonitos de cada cidade importante do mundo e seus modos de vida. Já não cabia mais levar o Turista apenas aos lugares mais bonitos. Eles eram conhecidos por fotos, vídeos, etc. O City Tour, então, passou ser organizado de forma a atrair a atenção dos Turistas para lugares e atrativos que contam a história do local, mas que traga elementos da cultura, tradições, organização social e compreensão do “modus vivendi” dos habitantes. O Sightseeing passou a mostrar, dentro deste novo escopo, os lugares que, nos arredores, complementam o entendimento sobre a cidade que está sendo visitada pelos Turistas. Os Guias de Turismo Receptivo passaram a ser os intérpretes daquela sociedade e os tradutores, não somente de idiomas, mas também da compreensão da sociedade local.
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